Salmos 3. Grande Luz No Final Do Túnel.


Descendo a imigrantes em São Paulo, temos que passar por três longos túneis, o que para aqueles que sofrem de claustrofobia, é uma eternidade. Pensando neste contexto de logo querer ver a luz no final do túnel, podemos pensar nos momentos de angústia que enfrentamos no decorrer de nossas vidas, e o desejo de logo se ver livre de tais situações.
A angústia, o medo, tem dominado o coração das pessoas, e junto com eles tem se crescido um dos maiores males que a raça humana já enfrentou, “a depressão”. Ela não apenas debilita o físico, mas principalmente a alma. O que faz com que muitas pessoas fiquem presas em túneis sem esperança de verem a luz do dia.
Podemos dizer que é exatamente isto que o Salmista enfrenta no salmo três, pois como muitos de nós ele foi desencorajado pelo que via e pelo que ouvia. Mas ele nos mostra como podemos manter nossa confiança de pé e a nossa esperança firme.
A história deste Salmos se passa em 2ª Sm 15 -19, onde Absalão filho de Davi, levanta uma revolução contra seu próprio Pai, levando o a sair correndo de seu palácio, como um foragido ou alguém sem valor (2ºSm 15.14). No livro de Samuel é nos relatado que Absalão roubava o coração do povo, e quando tal noticia chega a Davi, ele se apressa a correr pois sabia que sua vida corria perigo de morte (2ª Sm 16.11). Além de ser traído pelo filho, o que já é algo terrível para suportar, ele vê os seus amigos e conselheiros e seu povo se debandarem para Absalão e vê tudo que construiu a se desmoronar. No meio da angustia e do medo surge uma luz e é disto que relata o salmo 3.
Davi declara que seus adversários se levantaram com palavras duras de se ouvir, em meio a todo ocorrido (2ªSm 16.8-9). Ele não via algo bom pois no horizonte o que se via era os problemas crescendo, e em meio as palavras o que se ouvia era que não havia mais esperança para ele. É aqui que Deus entra. Pois quando não se pode ver nada ou ouvir algo de bom, Deus está lá.
A primeira declaração de Davi foi relatar Deus como seu escudo (Sl 3.3), ficando claro o princípio de segurança, já que esta é a função do escudo proteger, mas também era a visão do povo em relação ao rei, pois ele era a garantia de segurança para o povo. Davi não se vê como rei, mas vê em Deus que é escudo, que protege, como seu REI. Neste Salmos ele relata que Deus é a sua garantia de segurança, que Ele é garantia de sua gloria, que Ele é a garantia de resposta. Portanto no túnel ou no desespero, lembrar de Deus com estas características, é poder sonhar com uma grande luz no seu  fim. Pois Deus é a nossa segurança, a nossa honra e a nossa dignidade. Davi relata as três evidências que um rei era: escudo para o seu povo, gloria para o seu povo e cabeça do seu povo. Ele não caiu, apesar de todo ocorrido, ele estava de pé pois sabia a quem clamar (Sl 3.4). A quem nós temos clamado dentro do túnel?
É comum em meio a ataques sofridos, entrarmos em desespero, me recordo quando descia a imigrantes, quando alguém que ia comigo ao litoral, entrou em desespero por não ver a luz do dia, tal situação não só afeta a pessoa que passa por tal circunstância mas também afeta quem está junto. Olhando para Davi, diante de tudo que estava ocorrendo ele poderia entrar em desespero, mas não o fez por considerar duas importantes observações: a primeira, a tranquilidade de poder saber que o Senhor o sustenta, o apoia e é suporte nos momentos que poderia vacilar. E segundo, ele considerava que sim poderia descansar, pois sabia quem era Deus. Por mais que se levantasse milhares e milhares contra, ele sabia que Deus era a sua salvação e que se levantava em seu socorro.

Assim não olhe para o túnel, nem se amedronte diante do desconhecido pois  como Davi certo de que Deus o protegia, e lhe garantia sua gloria e dignidade dando lhe tranquilidade e esperança, em meio aos adversários que se levantava, assim também você pode confiar em Deus, não olhando para o que está a sua volta, ou ouvindo palavras que lhe trazem medo e pavor, mas firmando se em saber que Deus é o seu escudo, socorro bem presente na angustia, sua resposta em meio ao clamor, sua salvação em meio ao deserto enfrentado, sua luz no final do túnel.
Por Claudemir G. Santos

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