Salmos 4. ANGÚSTIA

 Como a própria palavra no hebraico diz: aperto, e quem nunca passou por apertos de alma, que lance a primeira pedra.... A angústia tem sido algo marcante nesta geração, já que as pessoas não tem alegria no dia a dia, e nem conseguem enxergar o melhor da vida em pequenas situações, como por exemplo se alegrar na conquista de um filho, ou ver a bela família que tem. A angústia tem tirado pessoas do bem estar, para uma prisão sem grades ou grilhões físicos, mas as mantêm acorrentadas seja pela incapacidade de algo, pela frustração de situações ocorridas no passado ou simplesmente por que perderam em si a perspectiva do que realmente deveriam ser e ter. Denominamos isso de angústia. No salmos 4, o salmista descreve uma situação de angústia, pois busca firmar-se em alguém que seja mais poderoso que ele em quem ele poderia confiar, mais ainda descreve as ações de vidas angustiadas tais como: blasfêmias, apoiar-se em mentiras, iras e murmurações, um quadro claro de pessoas que vivem em constante angústia de alma. Davi estava olhando para estas pessoas que o assolam e o atormentam no seu dia a dia, são estes filhos dos homens que o tem afrontado. A exemplo do Salmos 3, ele nos leva a considerar Deus sobre três perspectivas: a primeira Davi diz que Deus é a sua justiça, não importa as acusações que nos façam estando-nos com coração serene e consciência limpa, deixa o resto com Deus pois ele é a justiça que não é cega, e que não falha e nem tarda. Segundo, ele diz que Deus lhe dá largueza da sua angústia, se pensarmos que angústia são momentos de apertos, nada melhor que sabermos que em Deus elas se tornam largas, como diz Paulo, ( 2ªCor 5.17), podem até parecer pesadas, mas são momentâneas, logo passam, e o seu tamanho não corresponde ao peso real, podem parecer apertadas ou pesadas pelo tamanho, mas com Deus elas são consideradas passageiras como as nuvens que passam nos céus. Terceiro, sempre precisamos lembrar que temos um Deus gracioso, e além disto misericordioso, alguém que se importa e se coloca em nosso lugar. Depois de focalizarmos Deus, Davi olha no olho de seus adversários, olho no olho e constata que é preciso eles repensar sobre suas ações: são blasfemos, pois maquinam contra a glória de Deus, são mentirosos, já que a sua busca é a plena vaidade e nada mais. Não consideram o querer de Deus, não levando em conta a escolha dos seus queridos, antes tentam amedrontá-los e não atentam que Deus está de ouvidos prontos para aqueles que ele ama e o amam. Davi os chamam para se arrependerem, oferecei-vos – sacrifícios de justiça, confiai no Senhor, ações que se espera de um coração arrependido. Na sequência Davi olha para si e constata o resultado de sua confiança em Deus: primeiro ele diz que Deus é a luz do seu rosto, sua direção, seu norte, sua estrela polar; segundo ele diz que Deus pôs alegria em seu coração, que fantástico, pois mesmo na angústia, no aperto de alma com Deus é possível sorrir, é possível ver direção e mais ainda: terceiro é possível ter paz e segurança pois este Deus nos leva a sonos tranquilos e sossegados. Assim como Davi passamos por angústia, seja por frustação pessoal, causada por terceiros ou por que deixamos de olhar na vertical para nos concentrar na horizontal, seja como for, quando se focaliza em Deus, ele é o que faz e o que nos traz os resultados esperados para nosso dia a dia.

                                                                                                                          Por Claudemir G. Santos